domingo, 9 de dezembro de 2012

Rabanada


A rabanada é uma fatia de pão de trigo (pão-de-forma baguete ou outro) que, depois de molhada em leite, vinho (no Minho usa-se vinho verde tinto ou branco) ou calda de açúcar, é passada por ovos e frita.
A rabanada aparece documentada no século XV, citado por Juan del Encina: «mel e muitos ovos para fazer rabanadas», ao parecer como prato indicado para recuperação de partos. As primeiras receitas remontam ao livro de cozinha de Domingo Hernández de Maceras (1607) e "Arte de cozina, pastelería, vizcochería y conservería" de Francisco Martínez Motiño (1611). A rabanada era, no inicio do século XX, muito comum nas tabernas de Madrid e servia-se com jarros de vinho "razos").

As rabanadas fazem parte de muitas mesas em Portugal, e em várias ceias natalinas do Brasil. Servem-se polvilhadas com açúcar de canela ou regadas com calda de açúcar ou mel. Outrora, a palavra "rabanada" era apenas utilizada a norte do rio Mondego e ao mesmo doce atribuía-se, a partir da margem sul do referido rio, o nome de fatia-dourada, ou fatia-de-parida. Em outros países são típicos nas celebrações de Espanha da Quaresma e Semana Santa e em várias partes do México, como Zacatecas.

Panetone


O panetone é um alimento tradicional da época de Natal, de origem milanesa, do norte da Itália. Várias lendas tentam explicar a sua origem. A palavra panetone (do italiano panettone) tem sua origem no vocábulo milanês panatón ou panattón, de origem e significados controversos.
Uma antiga lenda diz que o panetone foi criado no século XVII por um padeiro da região da Lombardia chamado Toni, que se apaixonou por uma moça e, para impressionar seu sogro, criou uma nova receita de pão recheado com frutas cristalizadas. Com o tempo esse pão recebeu o nome de "pan di toni", ou seja, pão de toni, que com o tempo passou a ser chamado de panetone.
O pão doce de natal possui fragrância discreta de baunilha e recheio de frutas secas, tais como damasco, laranja, limão, figo, maçã, cidra e a uva passa. Apesar de geralmente ser associado à cultura milanesa, tendo a forma alta e mais fina, há também o panetone piemontês, diferente apenas por ser mais largo e redondo.
Durante sua fabricação a massa passa por um processo de fermentação natural que busca garantir que o panetone fique com uma consistência macia. Com o tempo a receita sofreu diversas inovações, e aprimorada deu origem a versões como Chocotone, Sorvetone e Colomba Pascal, variações mais conhecidas da receita.
O produto final é rico em carboidrato e possui grande quantidade de gordura: uma fatia de 80 gramas do panetone da marca Nestlé, por exemplo, possui cerca de 280 Kcal.